Depois do governador Ratinho Júnior anunciar que o reajuste salarial de servidoras e servidores será de 3%, todas as categorias estão mobilizadas para denunciar mais esse calote. A defasagem em maio passado já era superior a 25% e no próximo ano as projeções apontam para perdas de pelo menos 35%.

Para se contrapor a essa medida ineficaz no que diz respeito à reposição inflacionária, aconteceu na tarde desta segunda-feira (6), um protesto chamado pela União das Forças de Segurança (UFS), que também contou com a presença de representações de outros sindicatos ligados ao Fórum das Entidades Sindicais (FES).

“Os policiais civis e militares, da ativa e também aposentados, estão indignados com o projeto de lei com 3% de reajuste salarial. Fomos chamados para participar e entendemos que é uma pauta que unifica todo funcionalismo público”, disse o presidente da APP-Sindicato, Hermes Leão.

“O FES considera o reajuste de 3% uma indecência, insuficiente, por isso nos somamos à mobilização da Polícia Militar. O Fórum está presente com as representações de suas entidades e vamos fazer uma luta para aumentar esse índice de reajuste salarial”, afirma Marlei Fernandes, representante da APP no Fórum.

Durante a passeata, lideranças dos policiais se revezaram ao microfone, denunciando o abandono da categoria pelo governador Ratinho Jr. Na concentração para a passeata, o caminhão de som reproduzia falas de Ratinho Jr durante a campanha eleitoral, prometendo maravilhas aos policiais, seguidas de cobranças da data-base.

As lideranças criticaram muito a proposta do governador, feita na semana passada em Cascavel, de pagar uma gratificação de R$ 500 para os policiais. A avaliação é que a proposta não resolve o problema da defasagem salarial e a gratificação pode ser retirada a qualquer momento pelo governador.

Com informações da APP-Sindicato