Mês: maio 2024

Servidores(as) de todo Paraná reivindicam data-base e melhorias na carreira dos agentes de apoio

Em um dia marcado por chuva e frio, servidores do Poder Executivo do Estado do Paraná se reuniram no Centro Cívico de Curitiba para lutar pela reposição inflacionária de seus salários, defasada desde 2017, e pela recomposição da carreira dos agentes de apoio. A manifestação, organizada pelo Fórum das Entidades Sociais (FES), contou com a presença de diversos sindicatos e associações representativas das categorias afetadas.

Desde o início da manhã, os servidores e servidoras cobraram de forma contundente tanto o governo estadual quanto os deputados da Assembleia Legislativa para que atendam às suas reivindicações. Faixas, cartazes e palavras de ordem destacaram a urgência da reposição salarial e a importância da valorização dos agentes de apoio, que desempenham um papel crucial na administração pública do estado.

A mobilização no Centro Cívico chamou a atenção para a insatisfação dos servidores com a falta de reajustes salariais nos últimos anos. “Estamos desde 2017 sem a devida  reposição inflacionária, o que causa um enorme prejuízo ao poder de compra dos servidores. Além disso, a carreira dos agentes de apoio precisa ser urgentemente revisada e valorizada,” destacou Nadia Brixner, da coordenação do FES.

No período da tarde, parte dos manifestantes acompanhou a sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa. Após a sessão, uma representação das várias categorias foi recebida pelo líder do governo na Assembleia, deputado Hussein Bakri. Em uma reunião produtiva, os representantes dos servidores expuseram suas pautas e reivindicações ao deputado, que se comprometeu a intermediar um diálogo com o governo.

O deputado Bakri anunciou que, na próxima semana, será realizada uma reunião com a diretoria geral da Casa Civil para tratar das demandas dos servidores.

A manifestação de hoje é um importante passo na luta dos servidores do Poder Executivo do Paraná por melhores condições de trabalho e remuneração justa. O FES reforça a importância de continuar mobilizados e atentos aos desdobramentos das negociações, garantindo que as demandas dos servidores sejam efetivamente atendidas.

BRASÍLIA – STF: Governo se nega a fazer acordo para pagar data-base

Após a audiência de conciliação no Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, nesta segunda-feira, 6 de maio, Walkiria Olegário Mazeto, Presidente do APP-Sindicato e integrante da coordenação do Fórum das Entidades Sindicais (FES), fez um resumo da situação enfrentada pelos servidores públicos do Paraná na busca pelo reconhecimento e pagamento da dívida referente à data-base de 2017, ainda não aplicado.

A audiência, solicitada pelo Ministro Edson Fachin, teve como objetivo mediar o impasse entre o governo do Paraná e os representantes sindicais. Contrariando as expectativas, o governo estadual inicialmente resistiu em participar. No entanto, sob a determinação do STF, compareceram o Procurador-Geral do Estado, o Secretário de Fazenda, o Diretor-Geral da Casa Civil, e as suas respectivas equipes.

Durante o encontro, que também contou com a participação online de outros sindicatos do Fórum, ficou claro o posicionamento do Estado: uma recusa em negociar ou mesmo considerar a dívida existente com os servidores.

A Presidente da APP-Sindicato reforçou a importância de continuar a luta. “A dívida acumulada em ação já ultrapassa os 12 bilhões de reais, sem contar as reposições da inflação não aplicadas de 2018 a 2023”, destacou Walkiria. Ela também enfatizou que a lei de 2015, reconhecida pelo Estado ao efetuar pagamentos fracionados, previa a atualização salarial, o que não foi cumprido integralmente.

Diante deste cenário, o Fórum das Entidades Sindicais convoca todos os servidores para se manterem mobilizados. Já estão marcados eventos significativos, como a mobilização estadual no dia 14 de maio e um dia de luta nacional em 22 de maio, este último focado na educação básica. Essas ações visam pressionar o governo a retomar as negociações e cumprir com suas obrigações legais.

“A situação é crítica, principalmente para os aposentados e aposentadas que desde 2017 estão com salários defasados”, concluiu Walkiria, reafirmando o compromisso do FES na defesa dos direitos dos servidores.