Os representantes do governador Ratinho Jr. decidiram interromper a negociação com o Fórum das Entidades Sindicais (FES) e associações de servidores e anunciaram que vão seguir com o decreto antissindical que prejudica dezenas de milhares de servidores.
Como o governo não aceitou a proposta do FES de revogação do decreto, ou, pelo menos, de sua suspensão para que a matéria fosse melhor discutida, sindicalistas e representantes de associações se reúnem na manhã desta terça-feira, 10, para avaliar as ações jurídicas e políticas que serão tomadas a respeito.
“Encerramos a mesa de mediação mas não vamos parar de lutar. Vamos derrotar o decreto antissindical e vamos fortalecer nossas entidades para continuar lutando por nossos direitos, tanto no âmbito estadual como federal”, afirmou a professora Malei Fernandes, da coordenação do FES.
Prazo encerra nesta terça-feira
O prazo final estabelecido pelo decreto antissindical é dia 10 de março. O servidor que não fizer o procedimento burocrático exigido pelo governo para que suas mensalidades continuem sendo descontadas em folha de pagamento podem ter vários prejuízos. Os mais sensíveis são convênios de saúde atrelados à filiação em sindicatos e associações e outros convênios como auxílio funeral, programas de descontos em farmácias e clínicas.
Na avaliação dos sindicalistas, a intenção do governador Ratinho Jr. com esse decreto sempre foi atingir parte da fonte de renda dos sindicatos e associações. No entanto, a medida pode prejudicar os servidores da ativa e principalmente pensionistas e aposentados com a descontinuação de convênios.