Servidoras e servidores de diversas cidades do Estado e integrantes de 17 sindicatos do funcionalismo público do Paraná estiveram nesta manhã em frente ao Palácio Iguaçu para reivindicar ao governador Ratinho Júnior a reposição da inflação nos salários que, segundo cálculos da assessoria econômica do Fórum das Entidades Sindicais (FES), pode alcançar defasagem de 34% em maio deste ano.
Os sindicalistas também pediram uma reunião com o governador, mas, continuando sua política de recusa ao diálogo, o governador não se dispôs a receber os representantes das trabalhadoras e trabalhadores do serviço público.
Logo após o protesto, houve uma plenária do FES no Clube dos Subtenentes e Sargentos do Exército. Na ocasião foi aprovada a Proposta para construção da Greve Geral Unificada com os seguintes pontos.
1- Continuidade do trabalho de base em dias unificados
2- Plenárias Regionais
3- Recepção ao governador em todos os eventos no Estado
4- Indicação de Paralisação/Mobilização para 29 de Abril
5- Grande Ato no dia 1° de Maio
Durante o protesto, vários dirigentes sindicais ressaltaram a política de destruição do serviço público colocada em prática pelo governo.
“Estamos percebendo que há um processo de destruição do serviço público, um movimento de privatização em várias áreas. A promessa do governo é tornar o serviço público mais eficiente e com menor custo, mas a realidade mostra que o serviço público privatizado é mais caro para a sociedade. Esse dinheiro que é colocado na mão de empresários que visam lucro, poderia ser usado para pagar a reposição da inflação nos salários dos servidores”, disse o presidente do Sindicato dos Policiais Penais do Paraná, Ricardo Miranda, que também é membro da coordenação do FES.
“Os profissionais da Saúde Pública do Estado estiveram desde o primeiro dia da pandemia cuidando das pessoas e salvando a vida dos paranaenses. Esses mesmos trabalhadores são humilhados pelo governador, que se recusa a discutir a reposição da inflação nos salários”, salientou a presidente do SindSaúde-PR e integrante da coordenação do FES, Olga Estefania.
“O governador não visita as universidades públicas mais, só as faculdades privadas. É um governo voltado para o privado, sem compromisso com o serviço público e muito menos com os servidores públicos. Só se fala em redução de investimento. A verba de custeio das universidades diminuiu 75%. O que parece é que esse governo quer destruir as universidades”, afirmou o presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino Superior de Maringá (Sinteemar), José Maria Marques, que também é membro da coordenação do FES.
Confira fotos do protesto.