Os servidores públicos do Paraná estão nas ruas para mostrar o descaso do governo com o atendimento da população na saúde, na educação, na segurança e todos os demais serviços públicos.
Há mais de três anos, tanto os professores, funcionários de escola, os policiais, quanto os agentes penitenciários e outros funcionários públicos estão sem um centavo de reposição da inflação nos salários.
Nesse período tudo subiu e o salário desses trabalhadores reduziu quase 17%. Para se ter uma ideia do tamanho do prejuízo, é o mesmo que você trabalhar o ano inteiro e o seu patrão ficar com dois meses do seu salário. Isso não é justo!
No últimos anos, quem começou essa maldade foi o ex-governador Beto Richa (PSDB). Sua vice, Cida Borghetti (PP), assumiu o governo às vésperas da eleição e manteve o calote.
Ratinho Junior (PSD) disse nas eleições que, com ele no governo, seria diferente. O servidor seria respeitado, valorizado, e um dos dos primeiros atos seria pagar a data-base e negociar com os sindicatos a reposição nos quatro anos do seu mandato.
A data-base chegou, mas até agora, Ratinho não cumpriu a promessa e, ao contrário, tem sinalizado através das redes sociais que pretende seguir o péssimo exemplo deixado por Beto Richa, congelando a data-base e até ameaçando retirar direitos como as licenças especiais e quinquênio.
Tem dinheiro
O gasto do Estado com pessoal é o menor dos últimos 10 anos e no último ano houve R$ 2 bilhões de excesso de arrecadação. Devido aos aumentos das tarifas públicas autorizadas pelo governo, a tendência é de que o crescimento na arrecadação vai continuar.
Não é aumento
A reposição salarial não é aumento, é apenas uma atualização para recompor as perdas do crescimento da inflação, ou seja, dos preços dos alimentos, impostos e taxas, etc. É um direito conquistado pela luta dos trabalhadores para que possam viver com dignidade e sustentar suas famílias.
Não é privilégio
O governo quer passar a ideia de que o servidor teria privilégios. É mentira. A verdade é que funcionário público não tem direito a fundo de garantia, participação nos lucros e outras vantagens da iniciativa privada. Por isso, direitos como a licença-prêmio, um afastamento de três meses após cinco anos trabalhados, funciona como uma compensação e, na maioria dos casos, é usado para tratamentos de saúde e realização de cursos.
Não é “reforma”: é o fim da sua aposentadoria!
Os servidores públicos também estão denunciando a farsa da proposta do governo para acabar com a aposentadoria dos brasileiros. Bolsonaro quer trocar o sistema atual, onde empregado, patrão e governo mantém o sistema previdenciário, por um modelo onde cada pessoa será responsável pela sua aposentadoria.
Esse projeto só levou miséria e desigualdade para a população onde foi implantado e lucro fácil para os bancos. Mas você e cada um de nós pode fazer parte da luta para derrotar essa proposta. Acesse o site www.napressao.org.br e envie uma mensagem para todos os deputados, exigindo voto contra o fim da sua aposentadoria.
Por isso, a luta dos servidores públicos é a luta de todo o povo paranaense que acredita e defende uma sociedade justa e com qualidade de vida.
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