FES leva multidão às ruas para reivindicar Data-Base

Após a concentração na Praça Tiradentes nesta terça-feira, 29 de abril, milhares de servidores e servidoras públicas do Paraná fizeram uma marcha para relembrar o massacre ocorrido há 10 anos, no Centro Cívico.

Naquela ocasião, a polícia militar reprimiu com violência uma manifestação pacífica do funcionalismo público que protestava contra medidas impostas pelo governo da ocasião, de Beto Richa, contra a previdência das trabalhadores e trabalhadores.

Além disso, a caminhada também serviu para exigir do atual governador, Ratinho Jr, uma política de reposição salarial digna que contemple as perdas acumuladas dos últimos anos.

Após, a manifestação, em reunião com o líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Hussein Bakri, e o presidente da Casa, deputado Alexandre Curi, representantes de diversas categorias apresentaram as pautas urgentes que afetam milhares de trabalhadores em todo o estado.

A principal reivindicação discutida foi a defasagem salarial acumulada de 47%, com um detalhamento técnico que separa as dívidas do período Beto Richa (2017-2018) daquela que é de responsabilidade do atual governo. “Não podemos aceitar que tentem negar essa dívida histórica”, afirmaram os representantes do Fórum, que entregaram documentos comprovando os prejuízos sofridos pelos servidores ao longo dos anos sem reajustes dignos.

Outro ponto crucial foi a necessidade de uma política estadual para garantir a reposição salarial dos aposentados sem paridade. Enquanto servidores ativos e aposentados com paridade recebem ajustes, aqueles sem paridade continuam sendo penalizados, aprofundando as desigualdades. “Isso é inaceitável. Precisamos de uma lei que assegure direitos iguais a todos”, destacaram os sindicalistas.

Além disso, o Fórum reforçou a luta pelo fim do desconto de 14% da previdência para salários abaixo do teto do INSS – uma medida que afeta principalmente os trabalhadores de menor renda. “O estado tem autonomia para corrigir essa injustiça, cobrando apenas o que ultrapassar o teto federal”, explicaram.

Os deputados presentes se comprometeram a formar uma comissão especial, incluindo representantes do governo e da Assembleia, para levar essas demandas à Casa Civil. A expectativa é que na próxima semana haja um retorno sobre as negociações.

O Fórum reforça que a união das categorias é fundamental nesse momento. “Não vamos aceitar migalhas ou medidas que dividam os trabalhadores. Nossa luta é por justiça salarial para todos, ativos e aposentados”, concluíram os representantes.

 

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