A coordenação do Fórum das Entidades Sindicais (FES) se reuniu na manhã desta sexta-feira (14) com representantes do governo do Paraná. As lideranças oficializaram o comunicado de greve unificada dos servidores públicos estaduais a partir do próximo dia 25.
De acordo com a integrante da coordenação do FES, Marlei Fernandes, o movimento exige uma reunião com a presença do governador Ratinho Junior (PSD) e a reposição da inflação dos últimos 12 meses, a data-base.
“Reiteramos que o governador precisa receber os servidores antes da greve do dia 25. Já esgotamos o debate dos números e ficou mais do que provado a condição de pagar a data-base. Agora é uma decisão política”, disse.
Os trabalhadores também reivindicam uma proposta para o pagamento dos atrasados. Sem revisão salarial desde 2016, as perdas do funcionalismo público já passam de 17%. Na prática, o índice equivale a dois meses de salário a menos por ano.
A coordenação do FES acrescenta ainda foi entregue um estudo técnico, elaborado pelo economista Cid Cordeiro, comprovando as condições legais, fiscais e orçamentárias para atender a demanda dos servidores.
O documento rebate a suposta dificuldade financeira divulgada pela Secretaria da Fazenda (Sefa). Para o FES, esse discurso é a mesma estratégia utilizada pela gestão Richa (PSDB), de subestimar as previsões de arrecadação, para dar calote nos trabalhadores e descumprir a legislação.
Os dados revelam, por exemplo, que Ratinho Junior assumiu o governo com o menor índice de gasto com pessoal dos últimos 10 anos. Outro fato que pesa contra o discurso da Sefa foi divulgado pela imprensa oficial do governo em março deste ano. O Paraná lidera o ranking nacional de saúde financeira.
As lideranças também defenderam o direito de greve e destacaram que os servidores não podem ter a participação no movimento lançada como se fosse falta ou descontada no salário.
Greve geral
A reunião, foi uma das atividades da greve geral que acontece nesta sexta em todo país. A mobilização foi convocada pelas centrais sindicais e tem como pauta central a defesa da aposentadoria, da educação e pela geração de empregos.
Em Curitiba, pela manhã os grevistas se concentraram em frente ao Palácio Iguaçu. Os atos continuaram com uma caminhada até a Praça Santos Andrade, no centro da capital, onde professores e estudantes universitários estavam concentrados.