Funcionalismo público do Paraná não recebe reposição da inflação desde 2016 e vai protestar com paralisação no dia 29 de abril
Já imaginou trabalhar dois meses sem receber um centavo pelos serviços prestados? É isso que está acontecendo com os servidores públicos do Paraná, devido ao congelamento dos salários da categoria, há mais de três anos. Sem a reposição anual da inflação, a defasagem já chega a 16,24%.
Somando o valor dos salários pagos atualmente em 12 meses, incluindo 13º e abono de férias, e comparando com a soma dos mesmos valores atualizados pelo índice devido, a diferença revela que, na prática, cada servidor público deixa de receber, por ano, o equivalente a cerca de dois meses de trabalho.
Ratinho prometeu
Durante a campanha eleitoral, o governador Ratinho Junior (PSD) prometeu o pagamento. Disse também que, em um dos primeiros atos de seu governo, se reuniria com os sindicatos para anunciar o percentual a ser concedido nos quatro anos do seu mandato.
Faltando poucos dias para 1º de maio, quando vence a data-base, o governador ainda não cumpriu as promessas e divulgou pela imprensa a intenção de manter o congelamento. A alegação é de dificuldade financeira, mas dias atrás o próprio governo publicou em seu site oficial que o Paraná lidera o ranking nacional de saúde financeira.
29 de abril: dia de greve
Em protesto a postura do governador, os servidores vão realizar uma paralisação no dia 29 de abril. Caravanas de todas as regiões do estado vão se reunir em Curitiba. A manifestação terá início às 9h na Praça Santos Andrade. De lá, os trabalhadores seguirão em caminhada até o Palácio Iguaçu para pressionar o governador.
Audiência pública
Nesta terça-feira (23), a mobilização do funcionalismo é na Assembleia Legislativa do Paraná, onde acontece uma audiência pública com os deputados estaduais para discutir o impasse sobre a data-base e suas consequências na vida dos servidores públicos.
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