A coordenação do Fórum das Entidades Sindicais (FES) vem por meio desta nota manifestar sua solidariedade aos familiares do policial penal Lourival de Souza, 49 anos, que foi assassinado a tiros dentro de casa na última quarta-feira, 12. O agente sofria ameaças nos últimos tempos devido ao exercício de sua profissão.
O FES também se mostra solidário ao Sindicato dos Policiais Penais do Paraná (Sindarspen) que, por causa de mais uma tragédia ocorrida com seus filiados, promoveu protesto com faixas em frente às unidades penais de Curitiba e Região Metropolitana, nesta manhã de quinta feira, 13. O protesto pede justiça e providências do governo quanto ao caso , além de investimento no sistema penitenciário e valorização da categoria.
De acordo com informações do site do Sindarspen, a ação ocorrida pela manhã expressa a indignação e revolta da categoria com mais um policial penal assassinado. Em 2019, Edson Cardoso, também lotado na Penitenciária Estadual de Piraquara, recebeu um chamado e levou um tiro no portão de casa. Ambas as mortes tem indícios da relação com o exercício da profissão e atuação nos crimes de organizações criminosas.
Ricardo de Carvalho Miranda, presidente do SINDARSPEN, diz que o governo será pressionado até que apresente uma proposta. “ São duas execuções em menos de um ano sem que o governo tenha tomado qualquer medida concreta para proteger nossas vidas enquanto executamos diariamente nossa função. Queremos uma audiência com o governador Ratinho Jr para tratar da estruturação da Polícia Penal no Paraná. Pois só um sistema penitenciário forte conseguirá dar respsota à altura e garantir efetivamente a segurança na sociedade.”
O SINDARSPEN acionará o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) vinculado ao Ministério Público para pedir apuração do caso, já que há casos semelhantes. Também já está cobrando do governo estadual por providências imediatas para garantir a segurança jurídica no trabalho dos policiais penais do Paraná. Nos próximos dias, governador, deputados e autoridades serão oficiados e a categoria já está mobilizada desde a quarta feira para fechar as unidades e impedir movimentação de presos até que haja uma resposta dos órgãos competentes.